sexta-feira, 19 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

VOCÊ


Eu tiro a minha roupa me visto de você.
Deixo de ser quem sou, me descubro em você.
Meu verbo é diferente primeiro vem você.
Olho no espelho vejo parte de você.
Me perco, encontro você.
O troco de mim, dois de você.
Parto de mim, chego em você
Redescubro um novo sentido.
Sou eu sou você.


Zek

segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES


De tudo aquilo que se quer .
O amor de uma mulher.
A todo aquele que vier.
O sorriso de uma mulher.
A quem muito ou pouco tiver.
A companhia de uma mulher.
Num dia destes qualquer.
Feliz dia internacional da mulher.
Artur Lima

sábado, 6 de março de 2010

MULHERES


Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta
quando acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos
para suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

Pablo Neruda

quinta-feira, 4 de março de 2010

ESOPO E A LÍNGUA

Autor desconhecido

Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia.Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:- Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.
- Como? Perguntou o amo surpreso. Tens certeza do que está falando?
Como podes afirmar tal coisa?
- Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.
Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos voltou carregando um pequeno embrulho.Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua, e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.
- Meu amo, não vos enganei, retrucou Esopo.
- A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos.
Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?
- Boa, meu caro, retrucou o amigo do amo.
Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo.
- É perfeitamente possível, senhor, e com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda terra.
Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote semelhante ao primeiro.Ao abri-lo, os amigos encontraram novamente pedaços de língua.
Desapontados, interrogaram o escravo e obtiveram dele surpreendente resposta:
- Por que vos admirais de minha escolha?
Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem -se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido.
Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social.
Acaso podeis refutar o que digo?- Indagou Esopo.
Impressionados com a inteligência invulgar do serviçal, ambos os senhores calaram-se, comovidos, e o velho chefe, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.
Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da antigüidade e cujas histórias até hoje se espalham por todo mundo.

FONTE:
http://www.portalcmc.com.br/met180.htm












terça-feira, 2 de março de 2010

POEMA DO AMOR LOUCO

Um louco amor
Fez morada em meu ser
Entrou sem pedir licença
Fincando a sua bandeira
Um louco amor
Percorre as minhas veias
Pulsa forte por cada canto
Demarcando sua presença
Um louco amor
Vive em minhas entranhas
Aguça os meus desejos
Tomando posse definitiva
Um louco amor
Enraizou-se em mim
Numa doce loucura
Que não tem mais cura!

Tatiana Moreira

segunda-feira, 1 de março de 2010

XADREZ


Numa colina formada de pedras
A morte observa o mundo
Como quem cata grãos de milho.

Mauro rocha 08/04/01